CEGUEIRA
Hoje é dia de cegueira.
Cegos são os meus olhos por não verem
Aquilo que porventura acontecia.
E o coração, por alma de quem vê
É aquele que olha apenas no escuro,
Pois se enganava com palavras doces
Cegos são os meus olhos por não verem
Aquilo que porventura acontecia.
E o coração, por alma de quem vê
É aquele que olha apenas no escuro,
Pois se enganava com palavras doces
e gestos de derreter a alma.
Não vejo sonhos, nem vontades
Não sinto paz ou contentamento.
E as lágrimas que brotam dos meus olhos iludidos
Não são mais que água e sal de um imenso oceano
Que se revolta em dias de tempestade.
Não sinto paz ou contentamento.
E as lágrimas que brotam dos meus olhos iludidos
Não são mais que água e sal de um imenso oceano
Que se revolta em dias de tempestade.
Será a razão a causa do mal maior?
Ou o coração engana os tolos sedentos de amor?
Sei agora que o que ficou além
Foi névoa branda que me cegou, enfim
Foram palavras equivocadas
De quem nunca as sentiu por mim.
Porém, quem sente no coração
O que os olhos não podem ver
Pode ser cego hoje,
Mas amanhã terá seus olhos!
O que os olhos não podem ver
Pode ser cego hoje,
Mas amanhã terá seus olhos!
Cristina Serra